Mais um jogo, mais uma boa exibição.
Contra um grande italiano a equipa soube dominar no ataque, e evitar o perigo dos contra-ataques. O resultado não se pode considerar justo, mas no futebol é assim.
Na equipa, os centrais Luisão e Sidnei mostraram já um acerto considerável exceptuando uma ou duas falhas mínimas, o David Luiz pareceu-me com entusiasmo a mais nos lances individuais, mas excelente nas recuperações defensivas. No outro lado da defesa, Rúben Amorim estranhou o lugar, se por um lado envolveu-se bem nos lances ofensivos, por outro pareceu-me um bocado perdido no posicionamento defensivo. O Ramires começa-se a soltar, e já mostra o porquê dos inúmeros elogios além fronteiras, Javi é um 'monstro' silencioso naquele meio-campo, e o Di Maria e o Aimar mais discretos que antes, mas os lances mais perigosos a passarem sempre por eles. No ataque, Saviola também sem ser vistoso, ajudou muito na abertura de espaços e no transporte de bola, e o Cardozo em grande forma, tanto no jogo de costas para a baliza como na finalização. A equipa perdeu algum fulgor e discernimento com as várias alterações produzidas na segunda parte, destaco apenas o excelente cruzamento de Shaffer para o golo de Cardozo, e a exibição pouco conseguida do Patric (apenas precisa de tempo para a adaptação ao nosso futebol).
Sobre o Quim, excelente prestação nos pénaltis, durante os 90 minutos nem por isso, algumas saídas pouco ortodoxas e pouco seguras, e isto tudo para dizer ao Quim que ao mandar-nos calar perdeu uma boa oportunidade para estar calado e quieto, quem ele devia mandar calar não mandou e limitou-se a ser infantil para nós adeptos, quando foram comentadores e jornalistas ignorantes a difamá-lo e a fazer-lhe a cama. Como o Pedro F. Ferreira disse na Tertúlia Benfiquista, espero agora que repense a sua atitude e que na próxima boa exibição se concentre em calar os adeptos adversários.
P.S.: A arbitragem não influenciou o resultado, mas prejudicou a qualidade de jogo com inúmeras interrupções esquecendo-se várias vezes de aplicar a lei da vantagem.
Treino aberto ao público no Estádio da Luz e os adeptos não faltaram, 2.000 pessoas fizeram barulho, aplaudiram e apoiaram os atletas. Mais uma vez os nossos adeptos mostraram que a fé é inabalável, aconteça o que acontecer.
Esperemos que este apoio se mantenha pelo resto da época, nos treinos e jogos, e que se abstenham de assobios e lenços brancos ao primeiro tropeção. Tenham especial paciência com os jogadores novos e com os, por alguns de vós, mal amados.
Quanto ao jogo de sábado, parece que caberá ao Ruben Amorim substituir o Maxi, não posso esconder a satisfação visto ser, a meu ver e a curto prazo, a melhor solução para o lugar. Mas deêm minutos ao miúdo Patric, é só disso e de confiança que ele precisa.
Face à inexperiência de Patric e Shaffer no futebol do Velho Continente, compreendo a integração de Luís Filipe e o suposto interesse em César Peixoto, vamos por partes:
Shaffer: Tenho muita fé no argentino, é sem dúvida um jogador de guerra, pode não explodir já neste início de época mas vai fazê-lo com certeza num futuro próximo. Para os mais cépticos deixo um repto, peço-vos a mesma paciência que tiveram com o Maxi, isto porque se gostamos de um Maxi á direita porque não ter um idêntico do outro lado da defesa?
Patric: O brasileiro não engana, pode demorar a adaptar-se à Europa, como aconteceu com o "comparado" Maicon, mas o skill e as potencialidades estão lá. Agora falta-lhe confiança, por isso não lhe peçam o Mundo. Força aí miúdo!
César Peixoto: Ora vamos lá ver, o César se vier vem com a "pica" toda , o que não me desagrada, porque ele é rapaz para suar bem a camisola. Não é novo, não é vedeta, não é excelente (mas longe de ser mau), vendo bem não seriam vantagens para a sua rápida integração no plantel e na filosofia de um treinador que tão bem o conhece? Claro que temos uns contras, ser jogador do Braga, ter como presidente o vassalo António Salvador, termos que desenbolsar euros que vão direitos para o bolso da escumalha. Agora pega-se numa balança, pesa-se e toma-se uma decisão, com alguma celeridade por favor!
Luis Filipe: Sou sempre a favor da reintegração de jogadores na pré-época e tenho pra mim que devia ter sido o procedimento correcto com o Luís Filipe, sabendo que o Patric era quase uma incógnita. A medida até parece tardia, não fosse o JJ um treinador que consegue rapidamente fazer os seus jogadores assimilar as suas ideias. Luís, a terceira tem de ser de vez, aproveita!
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