Terça-feira, 16 de Março de 2010

3 passaram, 3 virão

O Benfica está a meio de um fase que pode servir de trampolim para uma época memorável e brilhante, soubemos aumentar a vantagem para três pontos em casa e fomos à Madeira arrancar a ferros uma vitória que poderia ter sido bem mais simples, ainda assim conservámos essa vantagem fulcral para o embate com o Braga. Pelo meio disputámos na Luz a primeira batalha de uma "guerra" que estamos a travar com os franceses do Marselha, registou um perigoso empate a uma bola, vantagem para os franceses mas que acredito que nos nossos melhores dias é perfeitamente recuperável.

 

A vitória caseira ante o Paços, a primeira partida neste 'six-pack' de jogos decisivos, teve tanto de meritória como de esperada. Sem deslumbrar ultrapassámos um adversário difícil, deixou aos mais atentos a percepção e certeza que não foi pelo golo sofrido logo no início que demonstrou um futebol prático e bem jogado, sem medo de aproveitar o contra ataque, deixo aqui nota especial para o trabalho bastante legítimo e de reconhecer que Ulisses Morais tem efectuado desde que chegou a Paços de Ferreira, sendo até à data a equipa com melhor registo na segunda volta a seguir ao Benfica. Nada melhor que uma exibição pautada pelo acerto e confiança para ultrapassarmos este adversário, seis pontos garantidos contra uma equipa que já retirou pontos a alguns adversários.

 

A quinta-feira europeia assistiu a um jogo emocionante e perigoso, mas apesar do meu (e nosso) optimismo Benfiquista, não deixei de vislumbrar um certo levantar do pé por parte da equipa, resta saber se a pedido de Jesus. Situação que ficou mais vincada a seguir ao golo do Maxi, onde ficou a ideia que se a equipa subisse mais no terreno acentuando a pressão ofensiva sobre o sector mais fraco do Marselha, poderia então ter havido um desfecho diferente, mais favorável pelo menos. De realçar também que não saímos com uma vitória devido a um golo de cabeça de um excelente jogador chamado Ben Arfa, mas que se não foi o primeiro golo de cabeça que marcou na carreira, com certeza não irá marcar muitos mais, ele há com cada coisa!

Agora é levantar a cabeça e lá no relvado do Vélodrome calar o ambiente infernal oriundo das bancadas, façam favor de aproveitar os meus resultados do Marselha em casa!

 

Na ainda atordoada Madeira arrancámos pela margem mínima os três pontos em disputa, onde se puderam comprovar algumas ideias retiradas do jogo anterior. Ficou de novo no ar a ideia de que poderíamos ter feito mais, ainda sim nada retira a justiça da vitória do Benfica, que foi a única equipa que arriscou e mais mostrou querer sair do campo com a vitória. Em relação ao Cardozo, mais precisamente aos pénalties, façam o favor de dar a vez a outro e o Cardozo marca quando já estivermos a vencer por dois ou mais, isto porque eu gostaria muito que o Cardozo fosse bota d'ouro, no entanto quero ainda mais que o Benfica seja campeão.

 

Agora temos pela frente uma final, e duas "finais".  A Marselha e ao Algarve não poderei ir por motivos profissionais, nem tão pouco conseguirei ver os jogos mas ficarei de  ouvido pregado no rádio. Em casa contra o Braga lá estarei, ao que tudo indica o descolar definitivo para o sprint final solitário em direcção ao titulo. Carrega Benfica!

Posted by Ruben Alves às 03:05
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Quinta-feira, 6 de Agosto de 2009

Sempre Grandes III - Glenn Hoddle

GLENN HODDLE - "THE MAGIC"

 

É sem dúvida uma das mais controversas figuras do futebol inglês, Glenn Hoddle de seu nome, foi admirado principalmente das gentes de Londres, principalmente nos arredores de White Hart Lane. Juntou-se aos Spurs com 17 anos, depois de superar algumas lesões nos joelhos, logo nessa idade se estreou na equipa principal num jogo contra o Norwich City, tendo já um passado nas selecções jovens inglesas. Médio-ofensivo, de remate fácil e preciso, de bola para ou corrida, visão de jogo e qualidade de passe como poucos, as bolas sem dúvida gostavam dos seus pés. De 1975 a 1987, ascendeu, confirmou-se e triunfou no mundo do futebol, marcando 88 golos em 377 jogos. Considerado por muitos o mais talentoso jogador inglês da sua geração, foi principalmente na sua selecção que o resto do mundo conheceu o seu valor, vendo-o participar nos mundiais de 1982 e 1986 (sendo um dos jogadores deixados para trás no brilhante golo de Maradona), e nos europeus de 1980 e 1988. Em 1987 decidiu sair da ilha britânica e rumar ao Principado para jogar no clube local, o AS Monaco, onde permaneceu quatro épocas, facturando 27 golos em 69 jogos. Depois desta aventura forasteira decidiu voltar a casa em 1991, para jogar no Swindon Town, acumulando também as funções de treinador, permaneceu duas épocas, salvou o clube da descida à Third Division e subindo na época seguinte à First Division, tendo sido criada nessa mesma época a Premier League. Os seus feitos não ficaram indiferentes, e os dirigentes do Chelsea contrataram-no para a dupla função, decorria agora o ano de 1993. Manteve-se como treinador-jogador até 1995, conseguindo chegar á final de uma FA Cup, e a uma meia-final de uma Taça das Taças. Cumpriu uma última época no Chelsea mas apenas como treinador, quando em 1996 aceitou o convite para ser seleccionador nacional inglês, onde foi encarregado de tornar a selecção nos "leões" (assim ficou conhecida a sua geração de futebolistas ingleses) que outrora tinham sido. Podendo considerar a sua tarefa um sucesso, principalmente pela Mundial'98, onde apenas foram eliminados nos pénaltis pela Argentina (oitavos de final). Foi já em 1999 o ponto negro da sua carreira, ao ser despedido pela federação inglesa ao afirmar que "As pessoas deficientes são assim porque pagam por pecados cometidos em vidas passadas". Depois deste episódio treinou respectivamente o Southampton, Tottenham e Wolverhampton de onde saiu em 2006, permanecendo até hoje inactivo. Desfrutem agora de alguns grandes momentos do nosso terceiro 'Sempre Grande'.

 

THE MAGIC...

 

...HAPPENS

Posted by Ruben Alves às 04:12
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